Resumo
No presente Artigo descreve-se as estruturas sintácticas de frases do xironga de Manhiça e gitonga de Morrumbene, contudo, com suporte de análise em português na tentativa de dar os primeiros passos da sua padronização a partir das formas: positiva e negativa de frases com verbos transitivos directos e indirectos ou mesmo ditransitivos e, mostrar ou provar que tanto a língua portuguesa quanto as línguas locais do grupo Bantu são parte cultural dos moçambicanos, sua identidade sendo mais importante a sua funcionalidade que a obsessão que se pode ter em relação à gramática prescritiva. É uma abordagem provida com o recurso ao método de observação, por meio de inquéritos e frases captadas dos falantes das mesmas e transpostas para o registo ortográfico de modo a garantir as suas análises. Assim, contatou-se que em tais línguas existe uma aleatoriedade discursiva ou comunicacional na atribuição e recepção de papéis temáticos, com maior enfoque ao alvo receptor de tema quer em construções positivas quer em negativas, na ordem básica e derivada de colocação de constituintes, com o caso dativo.
Palavras-chave: Língua; Papéis Temáticos; casos.